Post (0037)
– Existe uma coisa difícil de ser ensinada, talvez por isso esteja cada vez mais rara: A elegância do comportamento.
– É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange mais que um simples obrigado diante de uma gentileza.
– É a elegância que nos acompanha e se manifesta nas situações mais prosaicas quando não há festa alguma nem observadores por perto.
– É possível detecta-la nas pessoas que mais elogiam do que criticam, nas que escutam mais do que falam, passando longe das fofocas e pequenas maldades no boca a boca;
– Nas que não usam um tom superior de voz, por exemplo, ao se dirigir a um frentista, nas que evitam assuntos constrangedores por não sentir prazer em humilhar os outros e pontuais.
– Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, quem presenteia fora de datas festivas, que cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda que se pergunte antes quem esta falando e só depois manda dizer se está ou não.
– Oferecer flores é sempre elegante.
– É fazer algo por alguém, e este alguém jamais saber o que você teve fazer para isto acontecer.
– É em alguns momentos mudar seu estilo só para se adaptar ao outro.
– É desejar bom dia, boa tarde, pedir licença, agradecer…
– É não falar em dinheiro em bate-papos informais.
– Sobrenome, joias e nariz empinado não substituem a elegância de um gesto, não há livro que ensine a se ter uma visão generosa do mundo, e estar nele de uma forma não arrogante.
– Olhar nos olhos ao conversar, oferecer ajuda, abrir a porta para alguém, ceder o lugar, sorrir faz um bem danado para a alma e é muito elegante… Já gargalhar a toa …
– Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, nas tentar imitá-la é improdutivo, a saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de seu status social.
Recebi este texto de um amigo – NG Canela – Novembro de 2009.