A comunicação acontece de muitas formas, o ser humano é por excelência é um ser em contínua evolução. Cada lugar tem sua língua e muitos dialetos diferentes. Porém, o primeiro idioma que deveria se fazer presente é o silêncio. Só consegue falar bem quem aprende a arte de silenciar. A partir do silêncio, as demais formas de comunicação alcançam expressão e eloquência.
O silêncio deveria ser a primeira linguagem a ser assinada na infância. Não se trata de calar a boca, mas de permitir um movimento interior, onde se aprende a intercalar o silêncio ao se agrupar fonemas e formar as palavras que compõem um diálogo, permitindo nestes intervalos de tempo escolher as palavras certas.
Valorizar o silêncio é abrir espaço para a essência, para inspirar e harmonizar a vida. Num tempo onde os desentendimentos se multiplicam pela falta de habilidade no uso das palavras, é ai que silêncio se faz necessário para devolver a harmonia e a serenidade. As palavras em excesso cansam profundamente. O silêncio é capaz de reunir o melhor que cada um possui, além de multiplicar a paz.
Ser fluente no silêncio é uma habilidade que fará a diferença e permitirá significativas alegrias.
Que seus dias comessem por aquele silêncio que brota do coração e do desejoso de alcançar a paz. As palavras devem ser usadas sempre na quantidade certa, nunca em excesso. Isto vai tornar os seus ambientes mais saudáveis, seus relacionamentos mais intensos e suas comunicações mais profundas. Meditem.
Texto de: Frei Jaime Bettega, ligeiramente modificado.
Post (313) – Janeiro de 2018