Associativismo de resultados

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Desde 1996 atuo (Tom Coelho) voluntariamente em associações e entidades. Quer saber a verdade? Comecei nisso por mero interesse pessoal. Toda esta experiência permitiu-me chegar a algumas conclusões:

– Você é voluntário até começar a participar. Integrar uma associação ou entidade é uma decisão pessoal. Uma vez assumido o compromisso, você se torna responsável pelo cumprimento de um planejamento estratégico previamente formulado e pela defesa dos propósitos que norteiam a missão da organização.

– Participar não se resume a pagar mensalidades. A contribuição é o bem menor que você pode legar. É limitado e superficial acreditar que basta depositar alguns Reais e exigir que os outros lutem por seus interesses. Você precisa participar ativamente.

– O interesse coletivo se sobrepõe ao individual. O nome do jogo não é vencer, mas convencer. Isso significa ter flexibilidade e nenhum compromisso com o erro. Em alguns momentos seu argumento é mais fraco e você perde. A derrota de hoje pode ser a vitória de amanhã.

– O inimigo deve ser eleito com critério. O adversário deve ser nomeado coletivamente. Com rapidez você descobre que ele não é o concorrente na sala ao lado, mas sim a estrutura tributária paranóica, os entraves à competitividade, a economia informal, o produto importado com câmbio favorável e qualidade questionável.

– As batalhas devem ser escolhidas com sabedoria. A questão não é debater demandas específicas, de caráter conjuntural, mas sim buscar a regulamentação de um setor ou mudanças estruturais. É trocar o benefício de curto prazo por avanços de longo prazo capazes de promover a geração de emprego e renda.

Muitas vezes temos hábito de criticar sem oferecer alternativas, praguejar sem dialogar, julgar sem refletir. E, assim, terceirizamos a culpa como indulgência pessoal à nossa própria negligência.

Tom Coelho é educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 17 países. É autor de “Somos Maus Amantes – Reflexões sobre carreira, liderança e comportamento” (Flor de Liz, 2011), “Sete Vidas – Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional” (Saraiva, 2008) e coautor de outros cinco livros.

Resumido – NG Canela – Janeiro de 2012

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