Síndrome da vítima

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Responsabilidade… Um dos valores mais respeitados dentro de uma sociedade, que pode ser vista como sinônimo de seriedade, de caráter, de hombridade. Encontra-se naquelas pessoas que cumprem seus deveres, ou melhor, naquelas que não fazem mais que sua OBRIGAÇÃO.
Mas é irônico, o modo como pode ser valorizada e igualmente nociva para uma mesma sociedade. Um bom exemplo disso inclui aquelas pessoas que não assumem seus atos – pessoas de nível baixo ou zero de responsabilidade – que indicam possíveis culpados e transferem descaradamente a responsabilidade para outros que nada tem a ver com a história. Assim, possuem diversas justificativas na ponta da língua: “Não é comigo”, “Eu fiz a minha parte”, “O problema são os outros”,” A culpa é do governo”, “Não há nada que eu possa fazer”… Essas e outras frases são típicas de quem não assume e sequer entende o conceito.
Mas é como a questão do respeito, depende de vários fatores: Cultura familiar, relacionamentos e influência de pais e amigos. Embora não seja difícil identificar as causas, considero a “Síndrome da vítima” o principal deles. Omitir-se, fazer-se de vítima, transferir a culpa, são armas de defesa daqueles que, sequer, tem valores. Estes, preferem se sentir insignificantes, dissimular, zoar, encontrar alguém para culpar em vez de exercitar a capacidade de assumir o controle sobre si mesmo e sobre suas ações.
No final da história, a culpa é da sociedade, do pedestre atropelado, do paciente inconformado, do leitor mal-informado, do infeliz desavisado… A culpa só não é do culpado.
Concluo que convém:
… Jamais esquivar-se da parte que lhe cabe do mundo, pois assumir a responsabilidade e aprender com os erros é coisa para gente evoluída, capaz de dar a volta por cima e disposta a aprender que os erros são parte do crescimento pessoal…
Texto de Carolina Geraldi – NG Canela – Janeiro de 2012
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