– Tapar buracos não restabelece as características originais da via, limita-se a remendos que não resistem às chuvas e ao tráfego normal. A reduzida durabilidade aponta para um multimilionário desperdício de dinheiro, já que os buracos mal tapadosreaparecerão, e novos continuarão surgindo pela deficiência da execução das obras de conservação. Porem uma operação bem executada minimiza este problema.
– Uma das técnicas mais usadas de recuperação asfáltica, consiste principalmente, conforme a ABNT em iniciar-se com o recorte do asfalto na forma de figura geométrica que enquadre o “buraco”. – Quando o “buraco” for superficial, ou seja, de pouca profundidade, deverá ser realizada a imprimação (aplicação de película de material betuminoso) como pintura de ligação tipo RR – 2C, após a sua limpeza. Já quando o “buraco” for grande deverá ser feita a remoção do material inservível e a sua limpeza, removendo a base comprometida até atingir o solo compactado e aplicada a película de ligação de material betuminoso. Em seguida despeja-se uma emulsão asfáltica a quente (Cerca de 80Cº) no fundo e laterais. O local é então preenchido com um composto de CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado à Quente) e brita. Para finalizar o serviço nivela-se a superfície com uma máquina compactadora de rolo auto propelido liso. Após esta etapa ser concluída, deverá ser feita a limpeza do local com a retirada do material excedente e por fim a liberação do tráfego.
Buracos da minha cidade
– Simples. Não é ?
– Bem mas este método é muito caro e complicado. A nossa Prefeitura usa aqui um método bem mais em conta que consiste no seguinte:
– Identificado o “buraco”, fotografado para antes e o depois, este é borrifado, em natura, com um regador do tipo usado para jardinagem com um líquido escuro bastante fluído, a frio, que lembra óleo queimado de carter de caminhão. Em seguida preenchem com uma mistura de composição inserta, possivelmente: Brita, pó de brita, areia e terra impregnada com o mesmo aglomerante (O líquido que pelo menos na cor lembra um material betuminoso). A obra final fica parecida com um morro, ficando para os usuários da via o trabalho de nivelar com a passagem de seus veículos.
A, ia me esquecendo da parte ecologicamente correta deste processo: O óleo queimado dos caminhões é de reaproveitamento, os elementos sólidos da mistura são recolhidos periodicamente dos meio-fios das ruas, provenientes dos concertos anteriores que se deterioraram, e mais, o lado social, aqueles que trabalham neste serviço nunca são demitidos pois são constantemente necessários para refazer em curto prazo, o serviço novamente.
NG Canela – Agosto de 2011