Dois viajantes – pai e filho – exaustos, depois caminharem sob o escaldante sol do meio dia, decidiram descansar à sombra de uma frondosa árvore.
Após deitarem-se debaixo daquela refrescante e oportuna sombra, ao reconhecer que tipo de árvore era aquela, disse um deles:
“- Como é inútil esse Plátano![1] Não produz nenhum fruto, e apenas serve para sujar o chão com suas folhas.”
“- Criatura ingrata!”, disse uma voz vindo da árvore. “Você esta aqui sob minha refrescante e acolhedora sombra, e ainda diz que sou inútil e improdutiva?”
Moral da história:
Nota[1] Plátano: espécie de árvore ornamental de grande porte.
Na França há muitas estradas arborizadas, com plátanos em sua maior parte plantadas no período das Guerras Napoleônicas. Napoleão efetivamente mandava plantar árvores ao longo das estradas por onde passava para proteger do calor e sol os seus exércitos quando eles se deslocavam para ir para as campanhas militares. No final da tropa vinham a cozinha, os mantimentos, o hospital e os plantadores de plátanos que iam fincado estacas ao longo do caminho, dos dois lados da estrada.
Já na mitologia grega o Plátano é o símbolo da regeneração, pois a sua casca se regenera por placas. Sua madeira serviu para construir o cavalo de Troia.
Fábula de Esopo – NG Canela – Janeiro de 2014