Um recorte ao acaso

Post (0166)

Texto de W. Timothy Gallway, recortado por Paulo Coelho de um jornal que estava lendo num voo de Belgrado para Barcelona, segundo ele.

– Quando plantamos uma roseira, notamos que ela fica dormindo muito tempo no seio da terra, mas ninguém ousa criticá-la, dizendo: você não tem raízes profundas ou falta entusiasmo na sua relação com o campo. Ao contrário, nós a tratamos com paciência, água, e adubo.
– Quando a semente se transforma em muda, não passa pela cabeça de ninguém condená-la como frágil, imatura, incapaz de nos brindar imediatamente com as rosas que estamos esperando. Ao contrário, maravilhamo-nos com o processo do nascimento das folhas, seguido dos botões, e, no dia em que as flores aparecem, nosso coração se enche de alegria.
– Entretanto, a rosa é a rosa desde o momento em que colocamos a semente na terra, até o instante em que, passado seu período de esplendor, termina murchando e morrendo. A cada estágio que atravessa – semente, broto, botão, flor – expressa o melhor de si.

– Também nós, em nosso crescimento e constante mutação, passamos por vários estágios: vamos aprender a reconhecê-los, antes de criticar a lentidão de nossas mudanças.

A propósito: “plantei recentemente duas mudas de roseira em minha casa, as duas já deram a sua primeira rosa. (NG)”

NG Canela – Fevereiro de 2012
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