sociólogo e filósofo polonês Zygmunt Bauman morreu em 9 de janeiro de 2017 em Leeds, na Inglaterra, aos 91 anos. Ele nasceu em Poznan, no oeste polonês, em 1925. Aos 14 anos de idade fugiu junto com a família, judia, das forças nazistas e se mudou para a União Soviética.
Bauman ficou conhecido como criador do conceito de modernidade liquida e é considerado um dos intelectuais mais importantes do século XX.
O sociólogo tinha como um dos seus principais temas a forma como as relações atuais na sociedade tendem a ser menos duradouras e mais voláteis. Entre suas publicações de maior sucesso estão “Amor líquido”, “O Mal-Estar da Pós-Modernidade”, “Tempos Líquidos” e “A Sociedade Individualizada”.
Nos anos 1940 e 1950 foi militante do Partido Comunista Polaco, até se desligar da organização devido ao fracasso da experiência socialista no leste europeu. Estudou sociologia na Universidade de Varsóvia, onde assumiu um posto de professor.
Em 1968 deixou Varsóvia, motivado pelas perseguições anti-semitas que sofrera em decorrência da guerra árabe-israelense. Muitos dos seus livros foram censurados nesta época.
Depois de renunciar à sua nacionalidade, foi para Tel Aviv e lecionou na Universidade local por um curto período. Em seguida, aceitou uma vaga no departamento de sociologia na Universidade de Leeds na Inglaterra, onde desenvolveu a maior parte de sua carreira.
Quando você sai de casa e se encontra num bar ou num ônibus, – interage queira ou não – com as pessoas mais diversas, as que lhe agradam e as que lhe desagradam, as que pensam como você e as que pensam de modo distinto. Não pode evitar o contato e está exposto à necessidade de se confrontar com a complexidade do mundo. Esta complexidade não é uma experiência prazerosa e te obriga a um esforço. A internet é o contrário: permite não ver e não encontrar todos os que são diversos de você.
Texto de Alessandro Junior – resumido.
Post (301) – Fevereiro de 2017