– Quando jovem, não entendia o choro dos adultos ao assistir a um filme, ouvir uma música ou ler um livro. O que eu não sabia é que não choravam por coisas visíveis. Choravam pela eternidade que vivia dentro deles e que eu era incapaz de compreender. O tempo passou e hoje me emociono diante das mesmas coisas, tocadas por pequenos milagres do cotidiano.
– É que a memória é contrária ao tempo. Enquanto o tempo leva a vida embora como vento, a memória traz de volta o que realmente importa, eternizando cada momento. Jovens têm o tempo a seu favor e a memória ainda é muito recente. Para eles, um filme é só um filme; uma melodia, só uma melodia. Ignoram o quanto a vida é impregnada de eternidade.
– Com o tempo envelhecemos, nossos filhos crescem, outros partem. Porém, para a memória ainda somos jovens, atletas e amantes insaciáveis. Nossos filhos são crianças, nossos amigos estão pertos, nossos entes queridos ainda vivem.
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